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Formação em Contexto de Trabalho: Artigo de opinião do Eng. Pedro Gago, Commercial Department da 3DTECH

As Empresas de Moldes têm vindo a confrontar-se, ao longo dos anos, com dificuldades de contratação de técnicos especializados.

 A especificidade da Indústria, quer ao nível da exigência/extensão das temáticas e conhecimentos multidisciplinares que a qualificam (operacionais e tecnológicos), quer pela reduzida disponibilidade formativa (a diferentes níveis e à escala das necessidades), determina elevados padrões de exigência na selecção e contratação de novos recursos.

 Por outro lado, pela relação continuada com mercados e metodologias de topo, os empresários/empresas de moldes têm conseguido implementar dinâmicas singulares de investimento, incorporação tecnológica e crescimento sustentado.

 O binómio referido nos dois parágrafos anteriores reflecte, definitivamente, a corrente realidade: A incorporação de mão de obra especializada tem-se assumido como um factor crítico - quem sabe o mais importante - para o desenvolvimento/sucesso empresarial do sector.

 As empresas têm procurado desenvolver e consubstanciar os seus quadros de pessoal. A admissão de jovens técnicos, com formação de base, com apetências e características ao nível da operacionalidade técnica, assume-se como um segmento importante de uma estratégia mais global.

 Aqui entram as escolas de formação técnica. Aqui, entendo que deverão ser concretizados protocolos de interacção dos processo formativos, entre as escolas e as realidades operacionais das empresas.

 Como linhas orientadoras dos referidos protocolos, refiram-se:

i. Participação das empresas na definição dos processos e matérias formativas.

ii. Formação/estágios (1 ou 2 estágios), de alguns meses, nas empresas (e nas fases mais adiantadas da formação). Este é um item fundamental. É sempre em contexto de trabalho real, que a performance do aluno poderá ser melhor desenvolvida e avaliada. O carácter, a interacção em equipa, a orientação para resultados, o potencial de progressão… (diria, também, a capacidade de luta… e os moldes são uma indústria particularmente exigente em termos mentais…) são, indubitavelmente, perspectivas importantes na análise e na formação do aluno; 

iii. Componente avaliativa dos alunos com participação da empresa (eventualmente via avaliação escrita coordenada pela empresa); 

 No enquadramento referido anteriormente, diria que a incorporação dos alunos nos quadros das empresas, no período pós-formação, tenderia para 100%. No entanto, gostaria de salientar duas questões finais:

i. Concluo que as empresas de moldes estão motivadas e empenhadas para definição de um quadro de condições de trabalho adequado para os (ex) alunos – i.e., um quadro contratual equilibrado entre a exigência/taxa de esforço da empresa na formação continuada em causa, e o retorno salarial do (ex) aluno;   

ii. Considero que os (ex) alunos apresentam os níveis maturidade necessários á correcta compreensão do investimento, da empresa, em todo o processo formativo – i.e., é essencial permitir o “retorno” do investimento, à empresa, via o envolvimento/permanência do (ex) aluno, na empresa, por período útil (como referência 2 anos); 

 É sempre bom lembrar estas duas questões finais – como Director da 3DTECH, sobretudo o item ii.;

 O meu reconhecimento pelo excelente trabalho da EPO, e o meu agradecimento aos profissionais da 3DTECH Diogo Bento, Joel Reis, Alexandre Freitas e Rui Durão

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