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80% dos alunos voltava a escolher a EPO.

A Escola Profissional de Ourém (EPO) desenvolveu-se, desde a sua génese a 24 de Agosto de 1990, e consolidou-se como instituição de ensino vocacionada para a oferta de cursos profissionais de nível III (actualmente de nível IV), cursos de dupla certificação que depois de concluídos conferem um diploma profissional e equivalência ao 12º ano de escolaridade, permitindo o ingresso no mercado de trabalho e/ou o prosseguimento de estudos. Em 1993 foi criado o Pólo de Fátima o qual se assumiu como Escola de Hotelaria, hoje designada por Escola de Hotelaria de Fátima (EHF), ministrando exclusivamente cursos nesta área. A formação ministrada privilegia a vertente prática, a par de uma componente técnica e cientifica rigorosa, aliada a uma contínua actualização dos instrumentos e processos de ensino e uma ligação efectiva ao mercado de trabalho. Tendo iniciado apenas com uma turma do curso Técnico de Gestão, a Escola Profissional de Ourém e a Escola de Hotelaria de Fátima contam hoje com um número substancial de turmas, distribuídas pelos diferentes cursos/áreas profissionais.

A EPO e a EHF assumem-se como escolas onde a Paixão de Aprender está presente e as transforma em lugares de descoberta e de promoção do desenvolvimento pessoal e social dos alunos, dando relevo aos conhecimentos mas também, com igual importância, ao domínio das capacidades, atitudes e valores. Nestas Escolas, há respostas para os jovens que procuram um percurso escolar de dupla certificação e que valorizem uma formação de carácter mais profissionalizante e por isso potenciadora de uma fácil integração na vida activa. Aqui encontrarão Escolas com um saber-fazer decorrente de 20 anos de prática formativa e com uma imagem construída de credibilidade e confiança.

Em  2010, ano de comemoração dos 20 anos da Escola, aposta-se num trabalho de avaliação de ambas as Escolas, nas suas várias vertentes, com maior enfoque naquela que é a mais pertinente porque é a sua razão de ser: os alunos – os actuais e os antigos. Um trabalho exaustivo de avaliação foi feito, desde Janeiro deste ano, com os actuais alunos e reforçou-se o contacto com os antigos, os quais colaboraram na realização de um estudo. Pretendia-se saber, decorridos alguns anos (bastantes, no caso dos mais antigos), como os alunos avaliam a Escola e como tem decorrido o seu percurso profissional. As questões abrangiam os seguintes assuntos: razões da escolha da Escola, avaliação global do desempenho da mesma, percurso académico e profissional após a conclusão do curso, tempo de demora de inserção no mercado de trabalho, número de  empresas em que trabalhou, tempo mínimo e máximo em que se manteve num local de trabalho, situação profissional actual, valor médio da remuneração, aplicabilidade dos conhecimentos obtidos no curso no emprego actual, manutenção ou não,  hoje, da opção pela nossa Escola. Dos 1715 alunos que frequentaram a Escola, desde 1990, colaboraram no estudo (através do preenchimento de um pequeno questionário) 455 alunos distribuídos por todos os anos e por todos os cursos, o que é representativo do total. Apresenta-se abaixo a informação resultante da análise das respostas ao questionário.

A escolha da EPO/EHF pela grande maioria dos alunos deveu-se ao facto de existir aqui o curso que pretendiam (63%) e de terem amigos/familiares que a frequentavam (24%). O que revela que ao longo dos anos a Escola tem ministrado cursos que correspondem aos interesses dos alunos, além de irem ao encontro das necessidades do mercado de trabalho. Além disso, ao ingressar na Escola, os alunos tinham conhecimento do seu funcionamento e referências de alunos que já a frequentavam. De facto, tem-se verificado, ao longo dos anos, o grande envolvimento dos alunos com a Escola que construiu uma identidade própria com que eles se identificam e transmitem a familiares e amigos que se tornam também alunos da Escola, mais tarde, aquando da sua decisão no final do 9.º ano de escolaridade.

A avaliação que os antigos alunos fazem do desempenho da Escola é muito positiva: a grande maioria dos alunos (81%) classifica o desempenho como Bom (58%) ou Excelente (23%), apenas 11% o considera suficiente e 5% classifica-o de razoável (3% não responderam).

No que respeita à empregabilidade dos cursos, constata-se pelo testemunho destes antigos alunos, que a integração profissional é conseguida num curto espaço de tempo, pois 80% ingressou no mercado de trabalho após a conclusão do curso (dos quais 17% prosseguiu estudos em simultâneo) (Gráfico 1); sendo que 61% o fez de imediato (Gráfico 2)  ou em menos de 6 meses (17%).

 Gráfico 1

 

 Gráfico 2

Estes dados mostram claramente que o grande objectivo da Escola que é a inserção dos alunos no mercado de trabalho tem sido alcançado ao longo dos anos. Este objectivo é perseguido pelas equipas da EPO e EHF que utilizam metodologias de ensino e de trabalho que se pautam por um nível de exigência e profissionalismo adequados já durante a permanência dos alunos na Escola. As actividades realizadas em conjunto com profissionais das diferentes áreas, os serviços e estágios que os alunos têm oportunidade de desenvolver ao longo do curso, proporcionam-lhes a aquisição de competências necessárias e adequadas ao mercado de trabalho real, por um lado, e por outro fazem com que o seu trabalho (dos alunos e dos professores)  seja conhecido e reconhecido, entre as entidades empregadoras. A qualidade do ensino  ministrado é assim reconhecida por um conjunto diverso de entidades empregadoras (espalhadas por todo o país) que  frequentemente recorrem  à Escola para que seja indicados ex-alunos para contratação e não raras vezes, sobretudo em algumas áreas, não existem ex-alunos disponíveis por se encontrarem empregados. Este facto é indicador da boa preparação dos alunos que inclui o desenvolvimento de competências humanas (e não só técnicas) essenciais à sua integração no mercado de trabalho, como a capacidade de trabalhar em equipa que é aprendida tanto pelas metodologias de ensino, como pelo exemplo de todas as pessoas que aqui trabalham.

Em suma, existe um conjunto de factores que contribui para a empregabilidade dos cursos profissionais da EPO e da EHF e para o sucesso profissional dos alunos que os frequentam. Este suecesso é comprovado pelas informações obtidas a partir dos antigos alunos que referem que a sua situação profissional é satisfatória e estável.

A estabilidade profissional destacou-se, entre estes alunos, pela pouca mobilidade entre locais de trabalho e pela situação contratual que mantêm com as entidades empregadoras. A mobilidade entre diferentes locais de trabalho não é elevada: um número considerável de antigos alunos trabalha no mesmo local desde a sua entrada no mercado (31%), 25% trabalhou em 2 locais diferentes e 19% trabalhou em três; sendo muito menor o número dos que já trabalhou em 4 locais (8%) ou mais de 4 (7%). A situação contratual actual dos 455 antigos alunos é também favorável à estabilidade: 38% tem um contrato a termo certo com a entidade empregadora e 32% um contrato sem termo.

A remuneração média mensal auferida pelos antigos alunos situa-se sobretudo em valores nos intervalos: 600 a 800€ (29%) e 450 a 600 € (25%), havendo, por outro lado, pessoas com rendimento médio mensal superior a 1500€ (5%)

No que respeita às saídas profissionais dos cursos e à área de trabalho em que os alunos se encontram, constata-se que 79% estará a trabalhar na área do curso que frequentou uma vez que consideram os conhecimentos adquiridos durante o mesmo, indispensáveis (29%) ou úteis (50%) para o seu trabalho actual, e apenas 13% afirma que os conhecimentos adquiridos não são aplicáveis (Gráfico 3).

 

 Gráfico 3

Asssim, verifica-se que a maioria dos profissionais formados nesta Escola trabalha em funções relacionadas com o curso, portanto existem saídas profissionais para os cursos ministrados, uma vez que os critérios de abertura de novos cursos se prendem com as necessidades do mercado de trabalho. Sabemos também que alguns ex-alunos não trabalham na área em que se formaram por motivos de ordem pessoal e não por não terem colocação.

Por fim, parece-nos que a questão Faria hoje a mesma coisa?  É uma excelente forma de avaliar o grau de satisfação das pessoas com as opções tomadas e a validade das respostas por nós obtidas, por isso, os antigos alunos foram questionados acerca da probabilidade de optarem de novo por frequentarem a EPO/EHF, se voltassem atrás no tempo e a resposta é inequívoca e extremamente positiva: 93% dos alunos voltariam a fazer a mesma opção, revelando a sua grande satisfação pela frequência desta Escola e pelo curso frequentado.

 Gráfico 4

 

Sofia Ferreira e Sandra Monteiro
Gabinete de Estudos e Comunicação

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