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Alunos da EPO visitam a Turquia

No passado dia 28 março, 20 alunos da EPO acompanhados por 4 professores, rumaram com destino à Turquia, mais precisamente à cidade de Kahramanmaras, capital da província homónima no sudeste da Turquia, quase na fronteira com a Síria. Esta viagem vem no seguimento de uma parceria Bilateral, promovida pela Agência Nacional PROALV (Programa Aprendizagem ao Longo da Vida), subordinada ao tema ” European Cultural Heritage” (Herança Cultural Europeia). Como próprio título indica, o objetivo desta parceria prende-se com a troca de culturas e de conhecimentos, assim como, o desenvolvimento da língua inglesa.

Esta viagem teve a duração de treze dias, sendo dez deles, passados na cidade parceira deste projecto. A descrição minuciosa desta “aventura” é quase tarefa impossível, no entanto as conclusões são positivas e satisfatórias e foram plenamente de encontro ao pretendido pelo projecto.
Estamos todos radiantes com a viagem, mais enriquecidos, seguramente. Os laços mais estreitos, cumplicidades que jamais se esquecerão e amizades mais sólidas! Foi, sem dúvida, uma experiência única ao podermos contactar “in loco” com uma cultura tão diferente da nossa!
A partilha é um comportamento tão normal e que infelizmente vai sendo esquecido na nossa sociedade ocidental cada vez mais individualista, consumista e interesseira. Em Kahramanmaras qualquer coisa que se tenha é imediatamente oferecida, seja a quem for e onde for.

A língua completamente incompreensível, a alimentação diferente, os hábitos diferentes, uma religião diferente e que se estende de forma poderosa à forma de estar do dia-a-dia; odores e sabores diferentes.

A cidade de Kahramanmaras acolheu-nos como nunca imaginaríamos; duma hospitalidade que não esperávamos ser tanta e possível. Uma aprendizagem de valores que deveríamos recuperar.

Tivemos a oportunidade de conhecer não só a cidade de Kahramanmaras, mas percorremos ainda longas distâncias para conhecermos espaços que os nossos anfitriões consideravam património digno para o nosso conhecimento. Na própria cidade, inúmeras foram as visitas efetuadas: fábricas, principalmente têxteis; o artesanato local; museus; o famoso Bazar; Associações Empresarias e Comerciais; as Mesquitas; o Castelo; e tantos outros locais que caracterizam a cidade e que nos foram incansavelmente mostrados pelo director da Escola parceira do nosso projeto. Mas as nossas visitas incluíram também deslocações a zonas e cidades mais afastadas, como a cidade de Hatay, no Mediterrâneo, onde curiosamente, verificamos que num espaço geograficamente reduzido se situavam uma Mesquita, uma Sinagoga e uma Igreja Católica, coabitando em franca paz e harmonia; aí também visitamos a Gruta/ Igreja de S. Pedro, espaço digno de importância para os Católicos.
Mais a norte, deslocamo-nos até AfsinBelediyesi, onde é visita obrigatória o Mosteiro dos “SevenSleepers” e onde S. João terá iniciado as suas pregações. Ainda houve tempo para banhos quentes para todos, na cidade de Kaplicalari, onde as tão afamadas piscinas públicas, curam as maleitas daqueles que se atrevem a banhar-se nas cálidas águas que brotam da terra.

Os dias eram infindáveis, das 8.00 horas às 24.00 horas, sempre em visitas, sempre convidados pelas famílias para que jantássemos em suas casas, para que conhecêssemos as condições que hospedavam os nossos alunos; sempre numa azáfama de cumprimentos a toda a hora e por todos os “cantos” da cidade.

Os nossos alunos orgulharam-nos com o seu comportamento. Foram agradecidos à hospitalidade e surpreendiam-se com tanta amabilidade. Estranhavam, naturalmente, a alimentação e alguns hábitos, mas alegremente se mostravam interessados e respeitadores. Tiveram, seguramente, uma excelente oportunidade de ampliar o seu conhecimento e a sua visão das coisas, quebrando alguns preconceitos e tornando-se mais cidadãos do mundo!

Da nossa parte (professores), toda a preparação, o cansaço e a responsabilidade, todo o trabalho que dará continuidade a este projeto, é recompensado, com toda a certeza, pela experiência que nos foi proporcionada. Uma valorização pessoal e profissional para todos e também a confirmação da coesão do grupo enquanto equipa de trabalho, que de forma cooperante partilhamos os nossos saberes e contribuímos para a concretização deste projeto. A interajuda entre todos foi francamente saudável e com entusiasmo e respeito pela contribuição de cada um, o projeto se valorizou e nos valorizou a nós enquanto professores e pessoas!

Sara Oliveira, Cristina Sousa, Carlos Mendes, Fátima Lucas
Professores responsáveis pelo projeto